quarta-feira, 21 de abril de 2010

Leilão da usina Belo Monte


20/04/2010 - 16h16

Aneel confirma Chesf e Queiroz Galvão vencedoras de leilão de Belo Monte

SOFIA FERNANDES
da Sucursal de Brasília
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) acabou de anunciar oficialmente que o consórcio Norte Energia, com as empresas Chesf e Queiroz Galvão, venceu o leilão de energia da hidrelétrica de Belo Monte, que será a segunda maior usina hidrelétrica do país, atrás apenas da binacional Itaipu.
O lance vencedor foi de R$ 78 por megawatt-hora, um deságio médio de 6% sobre o preço máximo estipulado (R$ 83). Com correções, no entanto, o preço da energia ficou no patamar de R$ 77,97, informou o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner.
Quando construída, Belo Monte será a segunda maior hidrelétrica do país, atrás apenas da binacional Itaipu, e está orçada em R$ 19 bilhões.
A usina terá capacidade instalada de 11.233,1 MW (megawatts) e o início da geração está previsto para fevereiro de 2015.
De acordo com Hubner, 70% da energia produzida em Belo Monte irá para o mercado cativo, ou seja, será energia comprada por empresas distribuidoras, com tarifa regulada.
De resto, 20% da energia será destinada ao mercado livre e 10% aos autoprodutores de energia.
"É motivo de muita satisfação saber que o leilão aconteceu, uma usina que está há muitos anos em processo", disse Márcio Zimmermann, ministro de Minas e Energia.
Participam do consórcio nove empresas. A Eletronorte entrará depois no consórcio como sócio estratégico. É possível que haja mais sócios estratégicos inseridos na sociedade a ser formada.



Liminares
Por três vezes a Justiça Federal em Altamira (PA) concedeu liminares contra o leilão da usina, que será construída no rio Xingu, no Pará. Durante a manhã, o Tribunal Regional Federal havia derrubado a segunda liminar, concedida ontem. À tarde, derrubou, a terceira, concedida ainda hoje.
Todas as decisões foram do juiz Antonio Carlos Almeida Campelo. As duas primeiras eram pedidos do Ministério Público Federal.
A segunda liminar --cassada hoje-- contestava pontos do licenciamento ambiental aprovado pelo Ibama em fevereiro para o empreendimento, um dos mais estratégicos do governo Lula.

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