sexta-feira, 7 de maio de 2010

Feam quer acabar com lixões em Minas

Jornal Correio

Cerca de 8,2 milhões de pessoas têm acesso a sistemas adequados e regularizados de disposição de resíduos em Minas Gerais. Esse número, referente a dezembro de 2009, representa 50,2% da população urbana do Estado, mais que o dobro das pessoas atendidas em 2003, quando o percentual era de 19,2%.
Naquele ano, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) lançou o programa Minas Sem Lixões, hoje um dos pilares do Projeto Estruturador ‘Resíduos Sólidos’, do governo de Minas, que pretende beneficiar pelo menos 60% da população urbana do Estado até 2011.
Em cumprimento às Deliberações Normativas 52/2001 e 126/2008 do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), todos os municípios com população urbana superior a 20 mil habitantes devem implantar sistemas tecnicamente adequados de disposição final de resíduos sólidos urbanos.
Atualmente, estão em operação no estado 28 aterros sanitários, que atendem a 44 municípios.
Criado em 2003 pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), o Minas sem lixões tem como meta, até 2011, viabilizar o atendimento de, no mínimo, 60% da população urbana com sistemas de tratamento e destinação final adequados de resíduos sólidos urbanos, além do fim dos lixões em 80% dos 853 municípios mineiros.
Encontro vai debater as estratégias
O programa Minas sem Lixões realizará na terça-feira (11), em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, o “1º Encontro Técnico de Operacionalidade de Aterros Sanitários”, dentro do ciclo de seminários “Sustentabilidade na Prática”.
O evento contará com a participação dos gestores ambientais dos municípios mineiros que possuem aterros sanitários ou estão em fase de implantação do empreendimento.
“Um aterro sanitário mal operado causa sérios danos ao meio ambiente e à saúde pública, como a poluição do solo, das águas subterrâneas e do ar”, disse Vera Lanza, coordenadora técnica do Minas sem lixões/FIP.
De acordo com ela, o aterro sanitário é uma das técnicas mais seguras e de menor custo para a disposição no solo dos resíduos sólidos urbanos, que devem ser compactados e recobertos com uma camada de terra diariamente.
Para alcançar as metas do projeto, o gerente de Saneamento Ambiental da Feam, Francisco Pinto Fonseca, observa que a formação de consórcios intermunicipais é uma excelente alternativa já que otimizam o uso de áreas e reduzem os custos de implantação e operação dos sistemas.
“Os municípios devem dar preferência à constituição de consórcios o que é menos impactante para o meio ambiente”, afirmou.
Outra meta do projeto é reduzir em 80% o número de lixões, alcançando um máximo de 160, e substituí-los por sistemas regularizados de disposição de resíduos. Segundo dados da Feam, em dezembro de 2009, 409 municípios ainda possuíam lixões.
No total, serão realizados pelo programa Minas sem lixões, em 2010, 25 seminários do ciclo “Sustentabilidade na Prática”, voltados para os gestores municipais.
As inscrições para o 1º Encontro Técnico de Operacionalidade de Aterros Sanitários são gratuitas e devem ser feitas pelo telefone (31) 3824-7814.

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