quinta-feira, 22 de julho de 2010

Erosão preocupa moradores do N. S. das Graças

Jornal Correio

Uma erosão ao longo do córrego Liso, no bairro Nossa Senhora das Graças, zona norte de Uberlândia, tem sido motivo de preocupação para os moradores do entorno. O problema foi constatado há 13 anos, mas há três se agravou. Atualmente, cada período chuvoso faz aumentar ainda mais a voçoroca, uma vez que a descarga da água pluvial no local é o principal motivo para o crescimento da erosão.
Segundo o ex-presidente da associação de moradores do bairro, Abadio Duarte da Silva, a buraco formado pela erosão na Área de Preservação Permanente (APP) chega a medir 80 metros de comprimento e 15 de profundidade. Para Abadio, o problema só será contido com a construção de um muro de arrimo e a instalação de uma rede pluvial.
A dona de casa Maria Suiene da Cunha teme que a erosão alcance a avenida Bento Gonçalves. “Faltam cerca de três metros para o buraco chegar ao asfalto. As casas do outro lado contrário da rua podem ficar comprometidas”, disse.
Por causa do problema, um coqueiro buriti, ameaçado de extinção na região do Triângulo, tombou e outro ameaça cair.
De acordo com a secretária municipal de Meio Ambiente, Raquel Mendes, o problema já foi diagnosticado por técnicos da prefeitura. “A próxima etapa será encontrar alternativas para solucionar o caso, bem como traçar uma planilha de custos. Não é possível determinar um prazo para o início das intervenções”, afirmou.
Na rua Clara Camarão, no bairro Nossa Senhora das Graças, uma erosão que começou há 15 anos está sendo controlada com a colocação de restos de construção no local. A moradora Lazia Olina Duarte conta que há cinco anos teve que demolir a casa dela, uma vez que as rachaduras provocadas pela erosão comprometeram a estrutura do imóvel. “Estávamos com medo de um desabamento e por isso, com a ajuda dos meus filhos, construímos outra casa no lugar”, disse.
Outra moradora que não quis ter o nome revelado disse que o problema também causou várias rachaduras nas paredes da casa dela. “Depois que o local começou a receber o entulho, o problema foi amenizado, mas as rachaduras permanecem até hoje porque não tive dinheiro para mandar arrumar”, afirmou.
A medida para conter a erosão não oferece riscos ao meio ambiente e é usada de forma controlada. Desde 2007 foram despejados no local mais de 32 mil metros quadrados de entulhos, o equivalente a 2,9 mil caminhões.

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