segunda-feira, 19 de julho de 2010

Uberlândia terá novo aterro sanitário

Jornal Correio


Até o fim de setembro, o lixo doméstico produzido em Uberlândia será encaminhado para o novo aterro sanitário, localizado no Distrito Industrial, zona norte da cidade. O local vai substituir o aterro usado atualmente, com capacidade para 2 milhões de metros cúbicos de resíduos sólidos, que perdeu a vida útil três anos antes do previsto. A previsão era que ele fosse usado por 18 anos.
A mudança é provocada pelo aumento da produção de lixo no município, que cresceu 17% em quatro anos. Passou de 121 mil toneladas em 2006 para 142 mil toneladas em 2009.
De acordo com o secretário de Serviços Urbanos, Wilmar Ferreira, o que explica o aumento é o crescimento populacional, o maior poder aquisitivo e a ausência de projetos de reciclagem. “Por meio dos catadores de embalagens recicláveis é feito o trabalho de separação do lixo, mas essas ações precisam fazer parte do cotidiano dos moradores de todos os bairros. É necessário um trabalho de conscientização”, disse. A Prefeitura de Uberlândia deve adotar, no ano que vem, um programa de coleta seletiva.
Para a professora do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Marlene Colesani, o crescimento da quantidade de lixo produzida no município é considerado normal. “A preocupação deve girar em torno da vida útil do aterro sanitário, cujo tempo pode ser menor que o projetado, uma vez que o consumo da população cresce a cada ano. Destinar uma área ao aterro sanitário é abrir mão de um espaço que poderia abrigar um parque ou moradia habitacional, por exemplo”, disse Marlene
Aterro terá área de 30 campos de futebol
Segundo o gerente operacional do aterro sanitário, Heitor Eduardo Santos, o novo aterro, terá uma área de 300 mil metros quadrados, o dobro do tamanho do aterro atual, o que equivale a 30 campos de futebol. A capacidade será para 4,2 milhões de metros cúbicos de resíduos sólidos. O novo espaço custou R$ 25 milhões, terá vida útil prevista de 21 anos e obedece às normas da Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram). “A estrutura feita de camada de argila e manta geomembrana vai ajudar na impermeabilização e, consequentemente, evitar a contaminação do solo, dos lençóis freáticos e afluentes próximos”, disse.
A nova estrutura fica ao lado do aterro atual e segue as distâncias estabelecidas pela Supram, como 200 metros do rio Uberabinha e de qualquer edificação.

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