quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sindicato Rural de Uberaba comemora reformulação do Código Florestal

Jornal de Uberaba


Enquanto ambientalistas lamentam a reformulação do Código Florestal, aprovada na última terça-feira (6) pela Comissão Especial da Câmara Federal, ruralistas comemoram as alterações no código.
O presidente do Sindicato Rural de Uberaba, Rivaldo Machado Borges, destaca que a medida nasceu a partir do Fórum de Legislação Ambiental, promovido em fevereiro do ano passado. Conforme o representante, neste evento foram reunidos mais de dois mil produtores da região que apresentaram ao então ministro da Agricultura Reinhold Stephanes levantamento técnico que viabiliza mudanças no Código Florestal a favor dos agropecuaristas sem prejudicar o meio ambiente. "Nossa base é que na época em que foi criado o Código Florestal, em 1965, os agricultores não podiam contar com inovações tecnológicas que são usadas hoje no campo para produzir suas culturas ou criar seus animais. Essas inovações justamente possibilitam que a atividade agropecuária seja feita próxima a regiões onde antes não era permitido, e sem degradação ao solo ou consequências prejudiciais ao meio ambiente."
A legislação do Código Florestal, defende ele, impossibilitava a cultura de lavouras de várzea, uma vez que é proibido o plantio próximo a riachos. "Devemos levar em conta também que até mesmo os profissionais que estão chegando no mercado são formados e atuam dentro dos critérios de sustentabilidade. A grande interrogação que fica, caso não houvesse essa reformulação, é como o mercado poderia continuar sendo abastecido, sendo que, somente em Uberaba, por exemplo, a atividade agropecuária representa 40% do PIB."
Ele ainda salienta que o maior problema em relação à degradação ao meio ambiente não está na Zona Rural, mas sim na Urbana. "Hoje, o produtor tem consciência de que se não conservar o meio ambiente, ele não consegue trabalhar", afirma, concluindo que a reformulação atende os dois lados, ambientalistas e ruralistas.

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